Hoje a senha é compartilhar lembranças da nossa infância ou àquelas que marcaram a nossa vida!
Nesta noite, 14 de novembro deste ano, meu coração está saltando de alegria, chegamos ao Memorial da América latina, para realizarmos a nossa 1ª visita cultural desta unidade escolar.
Estávamos ali, gestoras, professoras e auxiliares de educação, prontos para compartilharmos saberes e experiências dentro de uma exposição do programa televisivo que marcou uma geração, marcou vidas, marcou uma década inteira.
Antes de falarmos sobre a visita, é importante dizer que na reunião que antecedeu a saída, nós discutimos a importância de saídas (passeios) com cunho pedagógico cultural. A maioria disse não realizar esses passeios por falta de recurso financeiro, falta de tempo e outras por não gostarem mesmo.
Falamos o quanto é importante sabermos o que acontece além dos muros da escola, que é vendo e ouvindo coisas novas (cinema, teatro, shows, exposições, etc) é que vamos construindo uma identidade cultural e assim, também nossa criatividade vai ficando aguçada e começam a fervilhar ideias para trabalharmos com os alunos.
Agora sim, podemos falar sobre o que aconteceu lá. Foram apenas 50 minutos de visita, mas diria eu os melhores 50 minutos fora da escola que nós vivemos neste ano.
A cada ambiente que entrávamos era nítido o brilho nos olhos de todas nós e porque não dizer que nosso coração ajudava a compor a trilha musical ao fundo dos cenários que visitávamos… Bum bum bum Castelo Rá Tim Bum.
Fichas descritivas, cartas escritas pelas crianças que assistiam aos programas, falas das personagens, dos atores, dos colaboradores, enfim, tudo pensado detalhadamente. Todas fizeram questão de fazer fotos com personagens e “brincar” no que podia ser tocado.
Em nossas conversas informais, falamos sobre as sequências didáticas que já eram ricamente apresentadas no programa a cada episódio e o que é possível fazer em nossa escola, inclusive no que diz respeito a uma exposição de coisas feitas pelos pequenos, o que podemos fazer para que os pais também sintam-se integrantes desse processo.
E pra falar a verdade, quem nunca teve vontade de fazer a famosa pergunta ao Porteiro?
Todas quiseram perguntar pessoalmente. Quando atravessamos a última sala foi inevitável a sensação de não querer cruzar a porta de saída.
Faço aqui uma analogia a esse momento:
Todos os dias cruzamos a porta para o futuro, e os dias vão ficando para trás, por isso é tão importante o nosso papel na rotina da creche e na vida de nossas crianças. Que marcas estamos deixando? Será que elas vão querer voltar ao passado para lembrar das coisas legais que eram feitas na creche enquanto elas estavam conosco para seus pais trabalharem?
Bom tenho certeza que essa “viagem às nossas lembranças”, através dessa visita cultural, vai ajudar a refletirmos sobre nosso papel de educadoras na vida de cada um desses pequenos aprendizes!
Me despeço, neste momento, com uma imensa alegria e não poderia deixar de registrar o que mais me marcou naquele lugar. Como sou dada aos Contos de Fadas, é claro que o que me tocou profundamente foi entrar na sala e ver o Lustre do Castelo e as magníficas fadinhas Lana e Lara. Oi, Lana. Oi, Lara… Ta bom que a gente fazia assim… tá bom que eu era uma princesa… tá bom que a gente podia imaginar… . Quanta saudade!
“Se eu tivesse perninhas e bracinhos…”
” Eu sou o Mau correndo pelos encanamentos do Castelo!!”
“Porteiro qual a senha hoje?” Hoje a senha é… dizer EU QUERO SER CRIANÇA DE NOVO!
Sol de Souza Mendes, professora sonhadora coordenadora pedagógica.
