Como o Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) é um momento de formação, na noite do dia 13 de Agosto fomos ao Centro de Vivências em Múltiplas Linguagens Raimunda Assunção dos Santos para conhecermos mais da cidade e para apreciarmos a contação de história do professor Ednaldo Carmo, que narrou uma das histórias do Juquery, no ponto de vista da sua pesquisa de mestrado. Porque o Juquery possui diversas histórias, sendo as oficiais e oficiosas.
Ele narrou a história de Dona Raimunda e sua luta em divulgar a arte dos alienados no campo das cenas (música, dança e teatro), além de incentivar o folclore brasileiro contando a história do “Boi Bumba” versão Paraense, com o boi confeccionado com papel e tecido.
Também nos mostrou os espaços do Ateliêr Tablado Juquery, com a xilogravura (técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel ou outro suporte adequado) do artista Edmar Almeida, as pinturas nas paredes do artista Douglas Scotti e o ensaio do Grupo de Percussão.
Vimos o parque próximo a entrada e não conhecemos mais espaços devido a falta de iluminação, mas pudemos perceber como o espaço está sendo utilizado e como a luta do Dr. Franco da Rocha, do Psiquiatra Osório César e da Mestre Raimunda Assunção dos Santos transformaram a vida de tantas pessoas, pois o Hospital Juquery é um marco para a cidade de Franco da Rocha.
Saímos com “gostinho” de quero mais e já pensando em proporcionar novas experiências aos nossos pequenos!!!
HISTÓRIA DO HOSPITAL JUQUERY
Idealizado pelo Dr. Francisco Franco da Rocha – a quem a cidade de Franco da Rocha homenageia em seu nome –, o Asilo de Alienados do Juquery foi inaugurado em 1898, com projeto do famoso arquiteto Ramos de Azevedo.
Entre as muitas memórias que atravessam o Juquery – seu início com 800 leitos, o aumento exponencial de internos e a reforma psiquiátrica ocorrida posteriormente –, o ano de 1923 marca uma mudança fundamental em sua história com a chegada do psiquiatra, crítico de arte e músico paraibano Osório César (1895 -1979) à instituição.
Osório deu início a um trabalho pioneiro junto aos internos, explorando a arte como ferramenta terapêutica no tratamento psiquiátrico. Valorizando a produção artística dos pacientes, em paralelo à atuação da psiquiatra alagoana Nise da Silveira (1905-1999), Osório fundou a Escola Livre de Artes Plásticas do Juquery, que deixou um acervo de mais de 8 mil obras assinadas por seus internos, hoje parte do Museu Osório César.
Atualmente, o Complexo Hospitalar do Juquery conta com um número reduzido de internos moradores e possui um novo modelo assistencial definido como Hospital de Leitos de Longa Permanência (Centro de Retaguarda e Reabilitação), em processo de implantação.
(Fonte: https://www.soylocoportijuquery.com/o-juquery)