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Brincar é coisa séria!

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Escrito por Educação

“O brincar é a mais alta forma de pesquisa.”
Albert Einstein

O lúdico na aprendizagem: é possível aprender brincando?

O lúdico faz parte da natureza da criança, é uma linguagem inerente a ela. Para Adriana Friedmann, “O brincar, assim como a arte, o movimento, a expressão plástica, verbal e musical, pode ser considerado como uma linguagem, através da qual as crianças se comunicam, entre si e com os adultos”. As brincadeiras intermedeiam a relação do mundo e por meio dela a criança se desenvolve integralmente!

Brincando a criança manifesta criatividade, imaginação, expõe o que sente, alegrias, tristezas, angústias, ansiedades, suas dúvidas e certezas. Desenvolvem atenção, a memória, amadurecem socialmente. Elas se entregam às suas, aos seus jogos, às suas histórias com força, energia e seriedade. Em seu imaginário constroem um cenário em que representam diferentes personagens, vivem aventuras, imaginam um mundo perfeito e solucionam todos os problemas do mundo.

No ambiente escolar, todo esse potencial é usado a favor da aprendizagem e desenvolvimento das crianças, sempre com intencionalidade, olhar atento e apurado do educador. Com atividades lúdicas, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando.

Por meio de uma aula lúdica, o aluno é estimulado a desenvolver sua criatividade e não a produtividade, sendo sujeito do processo pedagógico. Por meio da brincadeira o aluno desperta o desejo do saber, a vontade de participar e a alegria da conquista. Quando a criança percebe que existe uma sistematização na proposta de uma atividade dinâmica e lúdica, a brincadeira passa a ser interessante e a concentração do aluno fica maior, assimilando os conteúdos com mais facilidades e naturalidade. (KISHIMOTO, 1994).

Para a Educação Infantil estes conceitos não são novidades, apenas confirmam e reforçam as práticas já existentes, fazendo com que continue com mais força e vitalidade!

Mas e o Ensino Fundamental? Vamos combinar que o lúdico não deveria “acabar” porque a criança passou da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, não é mesmo? Nessa etapa, podemos falar em experimentação. Em vez do professor dar as respostas prontas, ele propõe questionamentos. O aluno exercita a visão sistêmica, observando o cenário, depois, levanta hipóteses, as testa e comprova ou não suas hipóteses. Dessa forma, o aprendizado se torna interessante, atrativo e lúdico.

O professor precisa ter atenção e cuidados ao planejar momentos lúdicos, que devem fazer parte de seu planejamento, com objetivo pedagógico deve saber diferenciar propostas apenas de entretenimento das que possuem fundamentação pedagógica.

O lúdico também é importante para as crianças com deficiência. Nos momentos de brincadeira a criança revela gostos, sentimentos, conhecimentos e seu desenvolvimento, que não seriam revelados em atividades de sistematização, por exemplo. As brincadeiras coletivas proporcionam verdadeira inteiração e integração entre todos, há por parte das crianças, um olhar para o diferente, o que existe é o desejo de estarem juntos.

É importante pontuar que “lúdico” é uma palavra que deriva do termo latino ludus, que remete às brincadeiras e aos jogos (Cunha, 1997). O termo lúdico significa, portanto, aquilo que se refere tanto ao brincar quanto ao jogar.

Selecionamos duas matérias, muito interessantes!

Por que Brincar é importante:
https://lunetas.com.br/por-que-brincar-e-importante-na-opiniao-de-7-especialistas/

Brincar é urgente: criança com deficiência também brinca:
https://lunetas.com.br/brincar-e-urgente-crianca-com-deficiencia-tambem-brinca/

SUGESTÃO DE LEITURA:

Autor: Tizuko Morchida Kishimoto
Editora: Cengage Learning

O livro trata de concepções sobre o brincar provenientes de três campos de estudo: socioculturais, filosóficos e psicológicos. Pesquisadores franceses discutem o brincar como fenômeno cultural e ressaltam aspectos culturais expressos nos “livros-surpresa”. Perspectivas filosóficas sobre o brincar introduzidas por Froebel e Dewey merecem destaque, ao lado de teorias psicológicas como as de Wallon, Vygotsky, Bruner e Lacan, analisadas pelo grupo brasileiro. A obra destina-se a professores do Magistério do Ensino Médio, a alunos e professores de graduação e pós-graduação nas áreas de Pedagogia, Psicologia e correlatas, bem como a todos os que se interessam pela criança e seu brincar.

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