Considerando que brincar não é apenas necessidade, mas um direito das crianças, as escolas e os espaços devem estar organizados de acordo com as características das crianças e devem valorizar a brincadeira. O valor que determinadas brincadeiras terão para as crianças na escola dependerá muito de como elas serão encaradas pelos adultos que estão ao seu lado. As formas de mediação realizadas pelo adulto, a organização dos espaços, tempos e materiais que se encontram ao alcance das crianças nos momentos de brincadeiras, são atitudes que podem fazer a diferença no brincar.
A mediação pedagógica se destaca das interações cotidianas pela intencionalidade da ação. O educador deixa de ter o papel de “ator principal”, em que o processo educativo parte dele, mas sim de ser o organizador do ambiente e da seleção dos materiais, sempre respeitando a etapa em que as crianças estão, as especificidades do processo de aprendizagem de sua turma, e diante de seus objetivos, o educador, por meio da mediação consciente, provoca e incentiva seus alunos na construção do conhecimento.
Quando o educador não realiza a mediação e intervenção nas brincadeiras e no processo educativo das crianças, ele as “abandona” pedagogicamente. Neste sentido, a mediação não é ditar as regras e impô-las às crianças, não é conduzir a brincadeira, mas sim a mediação inicia-se em seu planejamento, no pensar os espaços, no tempo e na seleção dos materiais, e durante a brincadeira interagir de modo a provocar para que as próprias crianças conduzam esse processo do brincar.
No decorrer da brincadeira, a observação por parte deste adulto é uma ação importante para que ele faça as provocações necessárias, nos momentos certos, além de notar os avanços das crianças e assim poder elaborar ações futuras. As crianças têm que saber e perceber que terão um adulto sempre ao seu lado para o que precisarem, dando apoio e suporte necessários, sem julgamentos ou sanções.
Certamente esta mediação e observação ficarão mais “fáceis” e mais leves se este adulto for um “Adulto Brincante”, ele terá mais tranquilidade em respeitar as diversas culturas infantis e despertar na criança a ludicidade e a imaginação.
Para conhecer mais, seguem dois links incríveis, que trarão encantamento! E um terceiro link que é um presente: um especial com Manoel de Barros, considerado o poeta das infâncias.
TARJA BRANCA
Filme discute importância das atividades lúdicas e defende que brincar pode ser a cura para muitos males do mundo moderno. As brincadeiras infantis fazem parte de nossa formação social, intelectual e afetiva. Por elas nos socializamos, nos definimos e introjetamos muitos dos hábitos culturais da vida adulta. Todos brincamos na infância e no brincar fomos livres e felizes. Mas será que ainda carregamos essa subjetividade brincante e cultura lúdica vivas dentro de nós? Será que a criança que fomos se orgulharia do adulto em que se transformou? Tarja Branca é um manifesto a importância de continuar sustentando um espírito lúdico, que surge em nossa infância e que o sistema nos impele a abandonar em nossa vida adulta. Dirigido Por Cacau Rhoden, Produção Maria Farinha Filmes. Disponível na plataforma Videocamp, ou link para o filme no youtube: https://www.youtube.com/watch?
Vídeo Brincadiquê: O adulto brincante e mediador de brincadeiras com crianças:
https://www.futuraplay.org/video/o-adulto-brincante-e-mediador-de-brincadeiras-com-criancas/505177/
Especial Manoel de Barros:
https://www.youtube.com/watch?v=xzWTIAmlxok&feature=youtu.be&d=n&app=desktop
